O prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues, utilizou as redes sociais para se manifestar sobre a greve iniciada pelos profissionais da educação do município. Em vídeo publicado no dia 9 de maio, ele afirmou que a paralisação é desnecessária e reforçou que sua gestão sempre esteve aberta ao diálogo. Segundo o prefeito de Araguaína, os professores têm sido tratados com respeito e transparência, e todas as decisões foram tomadas de forma clara com base na responsabilidade fiscal. A greve foi deflagrada em 7 de maio, com reivindicações voltadas principalmente à valorização profissional e à implementação de direitos garantidos por lei.
O movimento grevista cobra o pagamento de progressões salariais, a efetivação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos servidores administrativos e o cumprimento da carga horária de 1/3 para atividades extraclasse. O prefeito de Araguaína argumenta que muitas dessas pautas já estão em negociação e que houve avanços importantes nos últimos anos. De acordo com a gestão municipal, um reajuste salarial foi concedido no início do ano e novas propostas foram apresentadas ao sindicato da categoria. Ainda assim, os professores consideram que os compromissos assumidos ainda não atendem às suas principais demandas.
No vídeo, o prefeito de Araguaína destacou que não promete aquilo que não pode cumprir e que tem um histórico de buscar soluções viáveis para os servidores. Ele afirmou que prefere resolver os impasses com diálogo, e não com enfrentamentos. A greve, segundo ele, prejudica não apenas o funcionamento das escolas, mas também o desenvolvimento dos estudantes e a rotina das famílias araguainenses. A gestão municipal acredita que o caminho mais produtivo é a construção de acordos duradouros, com base em propostas reais e planejamento financeiro. Ainda assim, os servidores permanecem firmes na paralisação.
Para o sindicato da educação, as falas do prefeito de Araguaína não condizem com a realidade vivida nas escolas. Professores e demais trabalhadores da área afirmam que há falta de condições adequadas de trabalho, sobrecarga de atividades e desvalorização da carreira. Segundo eles, o PCCR é uma reivindicação antiga, prevista em lei, mas não plenamente implantada. A ausência de um cronograma claro para resolver essas pendências aumentou a insatisfação da categoria. Nesse cenário, o sindicato reforça que a greve é um direito legal e legítimo diante da estagnação das negociações.
Em nota oficial, o prefeito de Araguaína apresentou uma nova proposta financeira, que inclui a destinação de mais de R$ 2 milhões por ano para custear o reajuste das progressões. O valor seria incorporado à folha de pagamento a partir de julho, mediante aprovação das lideranças sindicais. A proposta tenta atender parte das exigências, ao mesmo tempo em que respeita os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. A prefeitura também reiterou que tem feito investimentos significativos em infraestrutura escolar, formação de professores e melhoria do material didático. Mesmo assim, o impasse continua sem solução.
A postura do prefeito de Araguaína durante essa crise educacional está sendo acompanhada de perto pela população. Diversas famílias têm manifestado preocupação com o tempo de paralisação das aulas e com o possível impacto no calendário letivo. Muitos pais reconhecem a importância da luta dos professores, mas pedem que o diálogo avance para que os estudantes não sejam ainda mais prejudicados. A greve também traz reflexos políticos, pois acontece em um momento em que a gestão busca manter índices de aprovação e prepara ações para os próximos anos.
O debate em torno da greve dos profissionais da educação evidencia a necessidade de maior valorização da categoria em todo o país. O prefeito de Araguaína, ao insistir em resolver a situação de forma pacífica e transparente, demonstra que reconhece o papel essencial dos educadores na sociedade. No entanto, é fundamental que as propostas avancem de maneira concreta e que a confiança entre governo e servidores seja reconstruída. A superação da greve pode se tornar uma oportunidade histórica para estabelecer um novo modelo de gestão participativa na educação de Araguaína.
Por fim, é importante destacar que o futuro da educação no município depende diretamente da disposição de todas as partes envolvidas em construir soluções. O prefeito de Araguaína tem a responsabilidade de liderar esse processo com sensibilidade e comprometimento. Os professores, por sua vez, seguem firmes em suas reivindicações por melhores condições de trabalho e respeito às conquistas da categoria. A sociedade civil espera que o diálogo prospere e que o ensino público de Araguaína volte a funcionar com qualidade, dignidade e valorização profissional.
Autor: Lauvah Inbarie