Índios do Brasil
Foto: Funai - Divulgação

Desde 1500 até a década de 1970 a população indígena brasileira decresceu acentuadamente e muitos povos foram extintos. O desaparecimento dos povos indígenas passou a ser visto como uma contingência histórica, algo a ser lamentado, porém inevitável. No entanto, este quadro começou a dar sinais de mudança nas últimas décadas do século passado.
Leia o texto na íntegra
Etnias no Tocantins
Indígenas no Tocantins
Foto: Funai - Divulgação

No estado do Tocantins existe uma população pouco mais de 10 mil indígenas. Todos com cultura e tradições muito bem preservadas.
São indígenas de oito etnias: Karajá, Xambioá, Javaé (que formam o povo Iny) e os Xerente, krahô Canela, Apinajè e Pankararú. Eles se distribuem em mais de 82 aldeias. Dependendo da etnia, os indígenas do Tocantins chamam a atenção pela beleza do artesanato que fazem, pelas pinturas e adornos que enfeitam seus corpos nas festas e rituais ou pela própria simbologia destes eventos seculares. Fonte: FUNAI
Etnias
O Tocantins possui “oito” etnias: Karajá, Karajá- Xambioá e Javaé (Povo Iny); Xerente, Apinajé, Krahô, Krahô-Canela e Pankararu no Tocantins. Esses índios estão distribuídos em mais de 82 aldeias, perfazendo uma população pouco mais de 10 indígenas. Os Karajá situam-se na Ilha do Bananal. Os Javaé vivem às margens do rio Javaé.
Os Xambioá/Karajá estão localizados na Reserva Xambioá, município de Santa Fé do Tocantins. Os Xerente vivem na margem direita do rio Tocantins, próximo à cidade de Tocantínia, nas reservas Indígenas Xerente e Funil.
Na região norte do Estado, em Tocantinópolis, Maurilândia e Cachoeirinha, vive o povo Apinajé, na Reserva Indígena Apinajé. As aldeias Krahô são situadas na região de Itacajá e Goiatins. A aldeia Krahô- C anela fica no oeste do Tocantins, na Reserva Mata Alagada, no município de Lagoa da Confusão. Os Pankararu situam-se na cidade de Figueirópolis, no Assentamento Mata Verde. Os índios Xerente compõem a tribo mais numerosa, e a tribo menos numerosa o s Krahô-Canela.
FONTE : PROFESSOR JÚNIOR GEO
HISTÓRICO ÍNDIO DO TOCANTINS
O estado do Tocantins tem o privilegio de poder contar com aproximadamente 12 mil indígenas, distribuídos em sete povos, a saber: Karajá, Javaé, Karajá Xambioá, Xerente, Kraho, Apinajé e Kraho Kanela. Alem dos sete povos residindo no estado, também contamos com outros povos, que são eles: Guarani, Pankararu, Bakairi, Makuxi, Tuxá, Atikum, Funiô, Apurinã e Ava-Canoeiro.
Apinajé
Foto: Funai - Divulgação


TERRITÓRIO APINAJÉ
Os territórios indígenas dos Apinajés suas aldeias estão em maioria no município de Tocantinópolis , além dos municípios de: Maurilândia, Luzinópolis e Lagoa de São Bento.
Abacaxi – Aldeinha - Areia Branca – Bacaba – Bacabinha - Barra do Dia (Maurilândia) – Brejão - Boi Morto – Botica ( Maurilândia) – Cipozal - Cocal Grande - Divisa/Chapadinha – Formigão - Furna Negra – Girassol – Irepxi – Macaúba – Mariazinha - Mata Grande( Maurilândia) - Morro Grande ( Maurilândia) - Olho D'Agua – Palmeiras ( Luzinópolis) – Patizal ( Luzinópolis) – Pehkôp( Maurilândia) - Pé de Manga – Pintada – Prata – Recanto – Riachinho - São José - São Raimundo – Serrinha – Brejinho – Bonito - Funi-ô ( Lagoa de São Bento) - Urbanos. As que não estão identificadas estão no município de Tocantinópolis.
APINAJÉ - QUANTIDADE DE FAMÍLIAS POR ALDEIA - 2015
A realidade é que essas famílias estão espalhas em 27 aldeias no território Apinajé situados nos municípios de Tocantinópolis,Maurilândia,luzinopolis e Lagoa de São Bento.Elas formam hoje em torno de 585 famílias constituídas . A população indígena está estimada em 2238 pessoas entre crianças,jovens e adultos.
APINAJÉ - QUANTIDADE DE POPULAÇÃO POR ALDEIA
|
ALDEIAS |
MUNICÍPIO |
POP. |
|
DISTÂNCIA
PBI/ALDEIA
Tocantinópolis
|
DISTÂNCIA
ALDEIA/DSEI
-PALMAS
|
|
Abacaxi |
Tocantinópolis |
154 |
|
|
|
Aldeinha |
Tocantinópolis |
50 |
|
|
|
Areia Branca |
Tocantinópolis |
67 |
|
|
|
Bacaba |
Tocantinópolis |
49 |
|
|
|
Bacabinha |
Tocantinópolis |
46 |
|
|
|
Barra do Dia |
Maurilândia |
15 |
|
|
|
Boi Morto |
Tocantinópolis |
105 |
|
|
|
Bonito |
Tocantinópolis |
116 |
|
34 Km |
564 Km |
Botica |
Maurilândia |
103 |
|
49 Km |
580 Km |
Brejão |
Tocantinópolis |
43 |
|
29 Km |
560 Km |
Brejinho |
Tocantinópolis |
40 |
|
|
|
Cocal Grande |
Tocantinópolis |
56 |
|
16 Km |
|
Furna Negra |
Tocantinópolis |
41 |
|
|
|
Girassol |
Tocantinópolis |
149 |
|
34 Km |
565 Km |
Macaúba |
Tocantinópolis |
55 |
|
|
|
Mariazinha |
Tocantinópolis |
357 |
|
23 Km |
554 Km |
Mata Grande |
Maurilândia |
71 |
|
|
|
Olho Dagua |
Tocantinópolis |
20 |
|
|
|
Palmeiras |
Tocantinópolis |
87 |
|
55 Km |
|
Patizal |
Tocantinópolis |
68 |
|
60 Km |
598 Km |
Pêpxa |
Tocantinópolis |
29 |
|
|
|
Prata |
Tocantinópolis |
56 |
|
13 Km |
544 Km |
Recanto |
Tocantinópolis |
45 |
|
|
|
Riachinho |
Tocantinópolis |
49 |
|
25 Km |
556 Km |
São José |
Tocantinópolis |
313 |
|
18 Km |
549 Km |
Serrinha |
Tocantinópolis |
92 |
|
|
|
Veredão |
Tocantinópolis |
52 |
|
|
|
|
POPULAÇÃO 2328 PESSOAS |
Distância de Palmas para PBI - Polo Base de Tocantinópolis é aproximadamente de 550 quilômetros, e das aldeias para o Polo Base de Tocantinópolis varia entre 13 km e 60 km.
História do povo Apinajé.
Apinajé – localizado no município de Tocantinopolis.
Vivem na região Norte do Estado, em área de reserva que abrange parte dos municípios de Tocantinópolis, Maurilândia, Cachoeirinha e Lagoa de São Bento, somando 141.904 hectares. Também pertencem ao tronco lingüístico Macro-Jê.
Os Apinajé sobrevivem da agricultura de subsistência, da caça e da coleta de babaçu - do qual extraem o óleo das amêndoas e aproveitam a palha para fabricar utensílios domésticos e fazer a coberturas de suas casas. As cascas do babaçu são utilizadas como lenha para cozinhar. Também produzem artesanato de sementes nativas do cerrado, que comercializam nas cidades vizinhas.
Festas:Ritual de homenagem aos morto ? Párkape e Ritual para retorno do espírito do doente ao corpo - Mêkaprî.
O povo Apinayé
Os Apinajé pertencem ao tronco Macro-Jê, famíia Jê descendentes do grupo Timbira e vivem numa área demarcada, a partir de 1985, de 141.904 hectares, próximos aos municípios de Tocantinópolis, Maurilândia e Lagoa de São Bento. Sua população atual é de 1.000 habitantes, distribuídos em, sete aldeias. Os primeiros registros datam de 1774. Eram conhecidos como grandes guerreiros, "os poderosos ídios da região Norte". O confronto com os exploradores de ouro provocou doenças e guerras, obrigando os apinayé a viverem em aldeias para a sobrevivência da comunidade.
Hoje, eles têm suas aldeias localizadas no campo e utilizam a mata para a caça e a agricultura. Fazem a coleta do babaçu, extraem o óleo das amendoas e aproveitam as folhas para fabricar utensílios domésticos e cobrir suas casas. Nas testas e rituais, mantêm o casamento e o batizado, realizados no verão, época da colheita. Quando vão preparar as roças, percorrem uma longa distância, a procura de mata e terras para a plantação de milho e suas variedades. Muitas vezes fazem acampamento por lá e ficam durante vários dias com toda a família. O trabalho é dividido. As mulheres trazern lenha, coletam frutos, cuidam das crianças e produzem artesanato; os homens caçam, pescam e trabalham na roça.
Aldeias Apinajé: São José, Mariazinha, Butica, Riachinho, Cocalinho e Bonito.
Textos extraídos de "Os Povos Indígenas do Tocantins", Professora Lídia Soraya Liberato Barroso.
Apinajé ou Apinayé
Os primeiros registros do povo Apinayé, na região onde vive hoje, vêm de 1774. Em 1780, foi criado o primeiro posto militar em Alcobaça para tentar conter os Apinayés que eram conhecidos como grandes guerreiros, os poderosos índios da região Norte.
O avanço da colonização sobre as terras dos Apinayés teve início em 1797, com a tentativa do governo de incentivar o povoamento da região. Segundo dados do Conselho Indígena Missionário (CIMI), em 1780, 600 índios da tribo Apinayé trabalhavam na agricultura, na criação de gado e na navegação fluvial para o Pará e outros viviam em torno da cidade.
Na contagem seguinte, por volta de 1880, havia 1.362 na aldeia Boa Vista, atual Tocantinópolis.A população estimada, em 2002, era de 1.425 indivíduos, distribuídos em sete aldeias, numa área demarcada de 141.904 hectares, nos municípios de Tocantinópolis, Maurilândia e Cachoeirinha. O povo Apinayé tradicionalmente planta milho, mandioca, amendoim, feijão, batata doce e inhame e faz a coleta de andu, pequi, buriti, bacaba, bacuri, babaçu, açaí, murici, tucum e palmito que complementam a alimentação.
A coleta de babaçu, artes anato, pesca e agricultura de subsistência são a base da economia desta tribo. Dentre as comemorações da aldeia Apinayé e stão a Festa do Mekapri -, realizada para fazer o espírito voltar para o corpo da pessoa que está doente; o ritual de morte e enterro e o de casamento, onde os noivos são enfeitados nas casas maternas com pinturas deurucum, jenipapo e lã de pati.
Fontes- FUNAI - SIASI / DSEI/TO - 2015 e professor JÚNIOR GEO ,Governo do Tocantins e pesquisas www.diariodotocantins.com.br, Jornalistas Luiz Barbosa Aguiar e Alex Costa. JORNAL FOLHA DA CIDADE - 31 ANOS DE JORNALISMO
Xambioá/Karajá
Foto: Funai - Divulgação


TERRITÓRIO XAMBIOÁ / KARAJÁ
ALDEIAS XAMBIOÁ/ KARAJÁ
Karajá Xambioá – localizado no município de Santa Fé e Santa Maria da Barreira PA.
XAMBIOÁ/KARAJÁ - QUANTIDADE DE FAMÍLIAS POR ALDEIA - 2015
São 06 aldeias no território Xambioá/Karajá situadas no município de Santa Fé do Araguaia (Hawa Tymyra,Kurehê ,Warility e Xambioá ) e Santa Maria das Barreiras PA (Maramduba e Santo Antônio) , totalizando 130 famílias constituídas. A população estimada entre crianças, jovens e adultos são de 347 pessoas.
XAMBIOÁ / KARAJÁ - QUANTIDADE DE POPULAÇÃO POR ALDEIA
|
ALDEIAS |
MUNICÍPIO |
POP. |
PÓLO BASE |
DIST.
PBI/
ALDEIA
|
DIST.
ALDEIA
/DSEI
PALMAS
|
|
Hawa
Tymyra
|
Santa Fé do Araguaia |
79 |
Santa Fé
do Araguaia
|
|
|
Kurehê |
Santa Fé do Araguaia |
34 |
Santa Fé
do Araguaia
|
87 Km |
549 Km |
Maramduba |
Santa Maria
das Barreiras
/PA
|
27 |
Santa Fé
do Araguaia
|
450 Km |
305 Km |
Santo
Antônio
|
Santa Maria
das Barreiras
/PA
|
27 |
Santa Fé
do Araguaia
|
394 Km |
778 Km |
Warility |
Santa Fé do Araguaia |
66 |
Santa Fé
do Araguaia
|
|
|
Xambioá |
Santa Fé do Araguaia |
114 |
Santa Fé
do Araguaia
|
90 Km |
552 Km |
|
|
POPULAÇÃO |
347 |
PESSOAS |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Distância de Palmas para PBI - Polo Base de Santa Fé do Araguaia fica entre 305km a 778 km , distâncias das aldeias ao polo base de Santa Fé do Araguaia fia entre 87 km a 450 km.
Os Xambioás/Karajá são uma etnia indígena que habita a Área Indígena Xambioá, na margem direita do rio Araguaia, no município de Xambioá ( além dos que ficam em duas aldeias em Santa Maria das Barreiras no estado do PA), no estado do Tocantins, no Brasil. Formam, junto com os Karajá e os javaés, o povo iny, o qual possui língua (a língua Karajá), costumes e parentesco comuns entre as três etnias . No passado, foram chamados também de canoeiros.
Economia
São essencialmente pescadores. Na época das chuvas, dedicam-se à agricultura, plantando mandioca, banana, cana-de-açúcar, milho, batata-doce, cará e arroz. Têm uma desenvolvida arte plumária, cerâmica e de cestaria .
Referências
Fontes- FUNAI - SIASI / DSEI/TO - 2015 e professor JÚNIOR GEO ,Governo do Tocantins e pesquisas www.diariodotocantins.com.br , Jornalistas Luiz Barbosa Aguiar e Alex Costa. JORNAL FOLHA DA CIDADE - 31 ANOS DE JORNALISMO
Wikipédia, a enciclopédia livre
Xerente
Foto: Funai - Divulgação

TERRITÓRIO XERENTE
ALDEIAS
Campo Grande Pake – Angelim - Piabanhia Kazasê - Vão Grande - Zé Brito – Cercadinho - Boa Esperança – Aparecida(Funil) – Brupré – Coqueiro – Cachoeira - Brejo Verde – Genipapo – Morrão - Buritizal Kvidihu – Lajeado - São José - Mata do Cocô - Mrãezase – Brejinho – Serrinha - São Bento - Bela Vista – Traíra – Aldeínha – Cachoeirinha(Funil) - Santa Cruz - Recanto Krite - Santa Fé – Sangradouro – Mirassol - Rio do Sono – Paraíso - Olho D'Água - Cabeceira D"água Fria – Porteira - Brejo Novo/Rio do Sono - Salto - Boa Fé (Funil) – Ktêpo - Brejo Comprido - Serra Verde - Santo Antonio - Cabeceira Verde – Morrinho – Sucupira - Baixa Funda - Novo Horizonte - Recanto da Água Fria – Funil(Funil) - Monte Belo - Aldeia Noiva - Bom Jardim - Boa Vista – Fortaleza - Piabanha Kritoihu – Riozinho – Varjão. Todas essa aldeias estão localizadas no município de Tocantínia.
XERENTE- QUANTIDADE DE FAMÍLIAS POR ALDEIA - 2015
XERENTE - QUANTIDADE DE POPULAÇÃO POR ALDEIA-2015
Xerente – Os Xerente se autodenominam Akwe que, significa individuo-gente importante. Em 1.738 tiveram os primeiros contatos com os Bandeirantes e em 1.840 formaram as primeiras aldeias a beira do rio Tocantins, hoje Tocantinia.
Pertencem ao tronco linguístico macro jê, são falantes de sua língua com uma vitalidade admirável, as crianças até aos cinco anos são monolíngües, isto é, só falam a língua materna. Os adultos são bilíngües falam a língua materna e utilizam do português para se comunicar com a sociedade não indígena. São duas Terras, Xerente e Funil, localizada no sentido norte do estado, a margem direita do rio Tocantins, próximo a cidade de Tocantinia a 70 km da capital Palmas. Seu território demarcado em 1974 abrange uma área de 183.542 hectares. Hoje têm uma população de 3.200 pessoas distribuídas em 66 aldeias, 42 escolas e 900 alunos.
Os Xerente se autodenominam Akwen, que significa "indivíduo", "gente importante". Eles vieram, provavelmente, das terras secas do Nordeste até o Norte, onde encontraram abundancia de áqua. Os primeiros contatos com os bandeirantes datam de 1738.
Em 1840, os Xerente aceitaram o aldeamento de Teresa Cristina, atual Tocantíia, proposto pelo franciscano frei Antonio de Ganges. Hoje vivem na margem direita do rio Tocantins, numa área de 183.542 hectares (junto a área do Funil), próximos a cidade de Tocantínia. Sua população é de 1.800 pessoas, distribuías em trinta e uma aldeias. Sua sobrevivência sempre veio da terra e do rio, da pesca, da caça e, principalmente, da roça de subsistência, a chamada "Roça de Toco", onde plantam o milho, o arroz e a mandioca. Produzem artesanato com palhas de babaçu. São cestas, balaios, esteiras, cofos, redes e bolsas.
Pertencem ao grupo lingüístico Macro-Jê e estão em contato com os não índios há aproximadamente duzentos anos. Juntam tudo que aprenderam com as comunidades vizinhas e retomam suas vidas com consciência e respeito a sua história. Em quase todas as festas praticam a corrida de toras, onde homens e mulheres demonstram sua força e coragem.
Aldeias Xerente: Funil, Bela Vista, Cercadinha, Brejo Comprido, Serrinha I e II, Centro, Agua Fria, Rio do Sono, Mirasol, Recanta, Baixa Funda, Brejinha, Salto, Porteira, Aldeia Nava, Sangradouro, Lajeadinho, Cabeceira, Morrinho, Recanto da Agua Fria, Novo Horizonte, ZéBrito, Aldeinha, Rio Preto, Bom Jardim, Paraío, Baixão, Traíra, Ponte, Mirasol Nova.
Textos extraídos de "Os Povos Indígenas do Tocantins", Professora Lídia Soraya Liberato Barroso.
Xerente
Vivem na margem direita do rio Tocantins, próximos à cidade de Tocantínia, nas reservas indígenas Xerente e Funil (que somam 183.542 hectares de área demarcada). Os Xerente também pertencem ao grupo lingüístico Macro-Jê.
Os Xerente contam atualmente com uma população de quase 1.800 pessoas distribuídas em 33 aldeias.
Os 250 anos de contato dos Xerente com não-indígenas não afetaram sua identidade étnica. As rápidas e intensas transformações sociais, políticas e econômicas que atingem a região na qual residem têm proporcionado a esse povo, não sem dificuldades, uma participação ativa nos processos decisórios que os envolvem.
Hábeis no artesanato em trançado, com a palha de babaçu e a seda do buriti eles produzem cestas, balaios, bolsas, esteiras e enfeites para o corpo.
Festas: Festa de dar nomes – Wakê; Homenagem aos mortos – Kuprê; Padi – tamanduá bandeira; Corrida de toras de buriti; Feira de Sementes do Cerrado.
Xerente Akwê
Akwê: "gente importante, indivíduo". O povo que assim se denomina vive na margem direita do rio Tocantins, perto da cidade de Tocantínia, nas reservas indígenas Xerente e Funil. Pertencente ao grupo linguístico Macro-Jê, vive da agricultura tradicional na roça de toco, planta milho, arroz, mandioca e utiliza a lavoura mecanizada em pequena escala. Segundo a Fundação Cultural do Tocantins, a população Xerente atual é de aproximadamente 2.325 indivíduos.
Eles têm buscado outras fontes de renda. A confecção e a venda de artesanato - cestaria, bordunas, arcos e flechas e colares, dentre outras peças - são uma das principais atividades desenvolvidas pelo grupo, já que a matéria-prima utilizada (fibras de buriti, sementes de capim-navalha, palhas de coco, capim-dourado) é acessível a toda a população. Atualmente, parte da população xerente obtém recursos financeiros em cargos exercidos junto à Funai (motoristas, ajudantes de postos), ao Estado (professores indígenas, agentes de saúde) ou provenientes da aposentadoria dos mais velhos.
Xerente
Vivem na margem direita do rio Tocantins, próximos à cidade de Tocantínia, nas reservas indígenas Xerente e Funil (que somam 183.542 hectares de área demarcada). Os Xerente também pertencem ao grupo lingüístico Macro-Jê.
Hábeis no artesanato em trançado, com a palha de babaçu e a seda do buriti eles produzem cestas, balaios, bolsas, esteiras e enfeites para o corpo.
Festas:
Festa de dar nomes ? Wakê;
Homenagem aos mortos ? Kuprê;
Padi ? tamanduá bandeira;
Corrida de toras de buriti;
Feira de Sementes do Cerrado.
Fontes- FUNAI - SIASI / DSEI/TO - 2015 , professor JÚNIOR GEO e Governo do Tocantins - pesquisas www.diariodotocantins.com.br , Jornalistas Luiz Barbosa Aguiar e Alex Costa. JORNAL FOLHA DA CIDADE - 31 ANOS DE JORNALISMO
Kráô
Foto: Funai - Divulgaçã

TERRITÓRIOS INDÍGENAS KRAHÔ
Os territórios indígenas dos Krahô fica nos municípios de Itacajá e Goiatins: Água Branca ( Goiatins) - Água Fria - Baixa Funda – Barra – Cachoeira( Goiatins) - Campos Lindos( Goiatins) – Cristalina - Forno Velho – Galheiro – Lagoínha – Macaúba – Mangabeira - Morro do Boi - Manoel Alves Pequeno - Pedra Branca( Goiatins) - Pedra Furada( Goiatins) - Pé de Cocô ( Goiatins)– Porteira( Goiatins) – Riozinho - São Vidal( Goiatins)- Santa Cruz – Serrinha - Serra Grande - Ken Poj Kré( Goiatins) - Rio Vermelho( Goiatins) – Nova ( Goiatins)– Bacuri( Goiatins) – Mankraré( Goiatins). As que não estão com indicativo estão no município de Itacajá. Fonte FUNAI
KRAHÔ - QUANTIDADE DE FAMÍLIAS POR ALDEIA - 2015
A realidade é que essas famílias estão espalhas em 27 aldeias no território Krahô situados nos municípios de Itacajá e Goiatins.Elas formam hoje em torno de 393 famílias constituídas. A população indígena está estimada em 3010 pessoas entres crianças, jovens e adultos.
KRAHÔ - QUANTIDADE DE POPULAÇÃO POR ALDEIA
|
Água Branca |
Goiatins/TO |
51 |
Itacajá/TO |
60 Km |
|
Água Fria |
Itacajá/TO |
39 |
Itacajá/TO |
29 Km |
|
Bacuri |
Goiatins/TO |
14 |
Itacajá/TO |
|
|
Baixa Funda |
Goiatins/TO |
0 |
Itacajá/TO |
|
|
Barra |
Itacajá/TO |
143 |
Itacajá/TO |
|
|
Cachoeira |
Goiatins/TO |
376 |
Itacajá/TO |
45 Km |
|
Cam. Limpos |
Goiatins/TO |
150 |
Itacajá/TO |
28 Km |
|
Cristalina |
Itacajá/TO |
46 |
Itacajá/TO |
|
|
Forno Velho |
Itacajá/TO |
43 |
Itacajá/TO |
40 Km |
|
Galheiro |
Itacajá/TO |
44 |
Itacajá/TO |
60 Km |
|
Kenpojkré |
Goiatins/TO |
60 |
Itacajá/TO |
|
|
Lagoinha |
Itacajá/TO |
48 |
Itacajá/TO |
70 Km |
|
Macaúba |
Itacajá/TO |
25 |
Itacajá/TO |
63 Km |
|
Mâkraré |
Goiatins/TO |
42 |
Itacajá/TO |
|
|
Mangabeira |
Itacajá/TO |
144 |
Itacajá/TO |
48 Km |
|
Manoel A.
Pequeno
|
Goiatins/TO |
315 |
Itacajá/TO |
6 Km |
|
Morro Boi |
Itacajá/TO |
113 |
Itacajá/TO |
90 Km |
|
Nova |
Goiatins/TO |
156 |
Itacajá/TO |
|
|
Pé de Cocô |
Goiatins/TO |
55 |
Itacajá/TO |
|
|
Pedra Branca |
Goiatins/TO |
458 |
Itacajá/TO |
40 Km |
|
Pedra Furada |
Goiatins/TO |
9 |
Itacajá/TO |
32 Km |
|
Porteira |
Itacajá/TO |
41 |
Itacajá/TO |
|
|
Rio Vermelho |
Goiatins/TO |
315 |
Itacajá/TO |
180 Km |
|
Riozinho |
Itacajá/TO |
14 |
Itacajá/TO |
76 Km |
|
Santa Cruz |
Itacajá/TO |
142 |
Itacajá/TO |
36 Km |
|
São Vidal |
Goiatins/TO |
38 |
Itacajá/TO |
|
|
Serra Grande |
Itacajá/TO |
107 |
Itacajá/TO |
90 Km |
|
Serrinha |
Itacajá/TO |
22 |
Itacajá/TO |
60 Km |
|
|
|
POPULAÇÃO |
3010 |
PESSOAS |
|
|
Distância de Palmas para PBI - Polo Base de Itacajá é de 300 quilômetros, e , das aldeias para o Polo Base de Itacajá entre 9 km e 438 km.
Fontes- FUNAI - SIASI / DSEI/TO - 2015 , professor JÚNIOR GEO e Governo do Tocantins - pesquisas www.diariodotocantins.com.br , Jornalistas Luiz Barbosa Aguiar e Alex Costa. JORNAL FOLHA DA CIDADE - 31 ANOS DE JORNALISMO
MUNICÍPIO de ITACAJÁ
A população Krahô no Tocantins é de aproximadamente 3010 habitantes situada em seu terrotório , como se definem,na região de Itacajá e Goiatins, nordeste do Estado, pertencentes ,ao tronco Macro-Jê. No final do século XVIII, os Krahôs habitavam a região do sul do Maranhão, quando foram registrados os primeiros contatos com a frente de colonização. Eles então recuaram para a margem direita do rio Tocantins, entre os rios Farinha e Manuel Alves, onde hoje é a
cidade de Carolina (MA).
Os Krahôs viveram na aldeia de Boa Vista do Tocantins, fundada pelo frei Francisco do Monte São Vítor, em 1841, no município do mesmo nome. Dez anos mais tarde, havia nessa aldeia 2.822 índios, entre Apinayés e Krahôs. Os Krahôs possuem dois partidos, ou duas metades.
O Katam jê (que representa o inverno), e o Wakme Jê (que representa o verão). Segundo a tradição, essas forças, que estão presentes em tudo , é que regem a natureza e o homem. Eles acreditam que todos os seres, animais, vegetais ou minerais, possuem alma, conhecida como karõ – que pode afastar-se do corpo. Quando morre um krahô, acontece a separação definitiva e depois o krahô se transforma em animal. O menino Krahô recebe
o nome geralmente de seu tio materno, enquanto a menina quase sempre da tia paterna.
A Festa da Batata (panti) celebra a colheita e é realizadadurante o verão, quando existe comida suficiente para alimentar todos que participarão dos rituais. A Corrida de Toras tem participação de homens e mulheres que correm com toras de buriti especialmente preparadas para cada tipo de festa. Os grupos que correm representam os dois partidos, o do sol nascente e o do sol poente. Na Festa do Milho (pônhê), os Krahôs comemoram a fartura das roças.FONTE : PROFESSOR JÚNIOR GEO.
Krahô vivem em aldeias de estrutura circular
Vivem em aldeias de estrutura circular, com habitações em torno de uma área vazia. Neste pátio central (ou Ka), que representa o coração da aldeia, eles se reúnem para dividir o trabalho e tomar as decisões da comunidade.
Suas aldeias se localizam próximas aos municípios de Itacajá e Goiatins, em reserva de com 302.533 hectares. Também pertencentes ao tronco Macro-Jê.
Os Krahô possuem como símbolo sagrado uma machadinha de pedra, que chamam de Khoyré e acreditam ser responsável por manter a harmonia e o respeito dentro da comunidade. Mantêm a tradição da corrida de toras de buriti. No artesanato, são hábeis em fazer trançados e artefatos de sementes nativas.
Festas:
Festa da Batata (Panti);
Festa do Milho (pônhê);
Festa wythô;
Empenação das Crianças;
Feira da Semente
O povo Krahô
Vive numa área demarcada de 302.533 hectares, próxima as cidades de Itacajáe Goiatins, em 27 aldeias e uma população de 3010 pessoas. A reserva onde vivem hoje é considerada a maior área de cerrados inteiramente preservada do Brasil.
Pertencem ao tronco lingüístico Macro-Jê, da família Jê, descendentes dos Timbiras setentrionais. No final do século XVIII, habitavam a região do Rio Balsas no Maranhão. A aldeia de Pedro Afonso foi fundada em 1849 pelo missionário frei Rafael de Taggia. Os Krahô sempre enfrentaram a pressão colonizadora. Em 1940, sofreram un violento massacre desfechado por criadores de gado, fato que continua vivo na memória de seus habitantes mais velhos. Entreimportante para o dia-a-dia da aldeia. Possuem muitas crenças, acreditam que todos os seres sejam animais, vegetais ou minerais, e têm alma, que chamam de Karõ.
Os Krahô negociam com os brancos como meio de promover sua sobrevivência na relação interétnica. Assim ganham uma " os índios Krahô, as terras pertencem a todos da tribo. As aldeias sao politicamente independentes, construídas em forma circular, com um grande pátio no centro onde a tribo se reúne para decidir as divisões do trabalho e tudo que seja certa independencia" e podem manter sua identidade já que possuem terras.
A noite, os Krahô se reúnem para cantar, brincar e contar histórias. Apesar de enfrentarem inúmeras dificuldades em suas terras, eles conseguem manter suas tradições e cultura.
Aldeias Krahô: Rio Vermelho, Manoel Alves Pequeno, Cachoeira, Pedra Branca, Macaúba, Pedra Furada, Campos Lindos, Agua Branca, Riozinho, São Vidal, Morro do Boi, Serra Grande, Forno Velho, Santa Cruz e Lagoinha.
Textos extraídos de "Os Povos Indígenas do Tocantins", Professora Lídia Soraya Liberato Barroso e atualizado pelo site www.diariodotocantins.com.br
Krahô são conhecidos pelo uso do maracá
Os Krahô são conhecidos pelo uso do maracá, um instrumento feito do fruto cuité, utilizado pelos homens para dirigir o canto das mulheres. A música vocal é um dos aspectos mais elaborados e marcantes da vida ritual e artística dos Krahô. Outra característica da etnia é a tradição dos hotxuás, que são os palhaços sagrados.
A etnia Krahô vive no nordeste do Estado de Tocantins, na Terra Indígena Krahô, localizada nos municípios de Goiatins e Itacajá, entre os rios Manoel Alves Grande e Manoel Alves Pequeno, que são afluentes da margem direita do Rio Tocantins. A vegetação predominante é o cerrado, com presença de estreitas florestas que acompanham os cursos dos rios. A floresta que acompanha o Rio Vermelho, no entanto, é mais larga e compõe o limite nordeste do território indígena.
O povo Krahô soma dois séculos de contato com os brancos e, nesse tempo, tem vivido reviravoltas em sua situação, ora estão aliados aos fazendeiros, ora sofrem por ataques destes, como o ocorrido em 1940. Na década de 30, o etnólogo Curt Nimuendajú (http://pt.wikipedia.org/wiki/Curt_Nimuendaj%C3%BA) perguntou aos Krahô o significado do nome e obteve a resposta “pêlo (hô) de paca (cra)”. Trinta anos depois, alguns indivíduos da própria etnia revelaram que discordavam da tradução, afirmando que Krahô era um nome de origem civilizada.
Sendo assim, a grafia “Krahô” seria o resultado de uma interpretação tortuosa dos sinais diacríticos utilizados por Nimuendajú. Os indivíduos da etnia Krahô se autodenominam Mehim, um termo que no passado era provavelmente também aplicado aos membros de outros povos que falavam a língua deles e viviam de acordo com a mesma cultura. Esse conjunto de povos recebe o nome Timbira.
Estimativas apontam que, no início do século XIX, os Krahô totalizavam entre três e quatro mil indivíduos. Em 1852, o número passou para 620, devido a mortes causadas pelas epidemias de 1849-1850. Depois de um período escasso em termos de população, em 1989, os Krahô alcançavam o número de 1198. Dez anos depois, o pesquisador Hélder Ferreira de Sousa publicou que a etnia estaria chegando à marca de dois mil membros.
Em consequência desse crescimento, o número de aldeias também subiu. No início do século XX, eram três. Quando Nimuendajú visitou a etnia, nos anos 30, uma delas havia se dividido em duas. O antropólogo Julio Cezar Melatti (http://pt.wikipedia.org/wiki/Julio_Cezar_Melatti) contabilizou seis aldeias, em 1962. No início do século XXI, foram contadas entre 18 e 20, conforme dados citados por Hélder Ferreira Sousa, que não chegou a visitar todas elas.
Histórico
O contato dos Krahô com os “civilizados” começou no início do século XIX, quando entraram em conflito com as fazendas de gado que avançavam do Piauí para o sul do Maranhão. Na época, eles viviam perto do rio Balsas, afluente do Parnaíba. Após este primeiro espasmo, a relação com o homem branco passou a ser pacífica. No entanto, não era assim com todas as etnias vizinhas. Quando se aproximaram da margem do Tocantins, passaram a ajudar o fundador de São Pedro de Alcântara (hoje a cidade de Carolina, no sul do Maranhão) a combater e escravizar outros grupos.
Foram definitivamente transferidos para o Tocantins quando os fazendeiros se livraram dos outros grupos e se cansaram dos roubos de gado que os Krahô lhes faziam. Assim, na segunda metade do século XIX, se tornaram vizinhos dos Xerente, até começarem a se deslocar na direção nordeste, onde se fixaram.
Novos conflitos no início da década de 1940 levaram o governo do Estado Novo a pressionar as autoridades estaduais no sentido de se realizar o julgamento dos fazendeiros responsáveis por ataques aos índios. Apesar de terem cumprido a pena em liberdade condicional, foi um dos raros casos em que pessoas foram condenadas por massacres contra indígenas.
Além disso, o interventor do Estado de Goiás (Tocantins ainda não havia sido criado) delimitou, por meio de decreto, a terra dos Krahô (homologada pelo Governo Federal em 1990, após a criação do Tocantins, ocorrida em 1988). E o Serviço de Proteção aos Índios (SPI) passou a atuar entre eles com a criação de um posto. O SPI, no entanto, foi praticamente inoperante, tendo sido substituído pela Fundação Nacional do Índio (Funai), em 1967.
Ao longo dos anos, os Krahô foram se envolvendo com os povos indígenas vizinhos, o que lhes permitiu alguma forma de articulação política com eles. Mais recentemente, por exemplo, quando os Apinajé estavam com suas terras ameaçadas de invasão pelos civilizados, índios Krahô e Xerente compareceram à região ameaçada para reforçar as posições dos parentes índígenas.
Organização Social
As aldeias Krahô seguem o padrão de disposição das casas característico dos Timbira. Elas vão ao longo de uma larga via circular, sendo cada qual ligada ao pátio central por um caminho radial. Cada casa normalmente abriga mulheres que ali nasceram e os homens que, deixando as moradas de suas mães, vão para as casas das esposas. O número de moradores da casa não pode aumentar indefinidamente.
Geralmente, após a morte do sogro, um dos genros fica com a casa, enquanto os demais, acompanhados de suas esposas e filhos, constroem outras ao lado da mais antiga. Isso permite a distinção de três grupos de residência, um encaixado no outro. O menor deles é a família elementar, formada pelo casal e seus filhos. As famílias elementares abrigadas pelo mesmo teto constituem o grupo doméstico, coordenado pelo sogro. Por último, uma casa, junto com as contíguas a que deu origem, constitui um segmento residencial.
A organização das casas e famílias não tem um líder bem definido. No entanto, o segmento tem duas marcas que o torna bem visível: as casas mantêm sua posição segundo os pontos cardiais mesmo após a aldeia mudar de lugar e as pessoas que nascem em seu seio não se casam entre si.
Outros grupos são visíveis nas atividades rituais no pátio fora das casas. As reuniões masculinas diárias realizadas no pátio central são coordenadas por dois “prefeitos”, ambos pertencentes à metade sazonal correspondente à estação em curso (pode ser a seca ou a chuvosa). Diz-se que só uma metade toma decisões durante a estação. Cada uma dessas metades dispõe de um conjunto de nomes pessoais; homens e mulheres pertencerão a uma ou à outra, de acordo com os nomes pessoais que receberem.
Os meninos jovens, ao deixar a infância, são reunidos numa classe de idade, sob um nome coletivo, que é incluída na metade oriental ou ocidental do grupo. Estas metades podem ser chamadas de etárias e participam de vários ritos, um deles era o Pembjê ou Ikrere, um rito de iniciação não mais realizado. Os “prefeitos” que coordenam as reuniões numa mesma estação devem ser um da metade etária oriental e outro da ocidental.
Há outros grupos que não têm membros permanentes. Eles atuam nas diferentes variedades do rito de Pembcahàk e de outros do ciclo da iniciação. A escolha dos membros se faz antes de cada realização do rito a que o grupo esteja associado. São seis pares. Em cada qual, uma metade tem nome de animal alado ou peixe e a outra de mamífero ou ave terrestre.
As mulheres só se incluem como membros com o mesmo critério que os homens nas metades sazonais. Nos outros pares, as solteiras ficam na metade do pai e as casadas na do marido. Embora os homens sejam os participantes por excelência dos grandes ritos, as metades e o grupo de rapazes em iniciação quase sempre têm uma ou duas moças associadas.
Para os Krahô, o indivíduo está genuinamente ligado ao pai, mãe, irmãos, meio-irmãos e filhos por um laço corpóreo de tal natureza que determinados atos (sexo, matar cobra, fumar, falar alto) e o consumo de certos alimentos podem afetar um daqueles parentes que estiver passando por uma crise (período pós-natal, doença, picada de cobra).
Rituais e hotxuás
São muitos os ritos Krahô. Alguns são mais breves, relativos às crises individuais, como fim de resguardo pelo nascimento do primeiro filho, fim de convalescença, última refeição do falecido etc. Outros são promovidos por iniciativas coletivas ocasionais, como trocas de alimentos e serviços. Existem ainda os ritos relacionados ao ciclo anual e agrícola, como os que marcam a estação seca e a chuvosa, o plantio e a colheita do milho e a colheita da batata-doce. Há também os que fazem parte de um ciclo mais longo que o anual, como o da iniciação masculina.
Os hotxuás, que são os palhaços sagrados da etnia, representam um elemento de equilíbrio para os índios Krahô. Segundo o ator Ricardo Puccetti, o hotxuá não é um personagem e sim uma função social que alguns escolhidos têm o privilégio de possuir. Esta função é propagada pelo nome, considerada o maior bem que um Krahô pode possuir. Sendo assim, quando um recém nascido recebe o nome de um hotxuá, seja do pai, do tio ou de um amigo da família, a criança será hotxuá.
Os palhaços desenvolvem um importante papel no cotidiano da comunidade. Sempre voltados ao riso, atuam em situações do dia a dia, brincando com as possibilidades de ver a vida sob outros ângulos. Os demais membros da comunidade nutrem pelos hotxuás um grande respeito e afeto. Maquiados com tintas extraídas do urucum, do jenipapo e de pó de giz, os hotxuás são palhaços por essência; têm disponibilidade para o jogo, a brincadeira e o entretenimento. Fonte: Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge - encontrodeculturas
Kraô-canela
Foto: Funai - Divulgaçã

Krahô-Canela
Kraho Kanela – localizado no município de Lagoa da Confusão. Fonte: FUNAI
Os índios Krahô-Canela ocupam a Terra Indígena Mata Alagada, no município de Lagoa da Confusão, entre os rios Formoso e Javaés, à 300 Km de Palmas, capital do Estado doTocantins.
Os Indíos Krahô-Canela, migraram para o sul do Tocantins e habitaram em Região próximo ao municipio de Lagoa da Confusão - TO, onde no final dos anos 70 foram expulsos pela cervejaria Brahma, após um longo processo judicial apenas no ano de 2006, conseguiram retornar as suas terras, hoje aproximadamente 100 indíos Krahô-Canela moram na Aldeia Lankrahé a 55 Km de Lagoa da Confusão - TO. A etnia sopfreu muito durante a demora pela legalização de seus território, passando por diversos municipios diferentes, hoje este povo indígenas busca uma retomada aos conhecimentos tradicionais e culturais, tem sua alimentação baseada na pesca a caça, tendo em sua reserva uma grande quantidade e variedades de peixes e caça.
Fonte : Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Krahô-Canela
Expropriados de sua terra na década de 70, os índios Krahô-Canela permaneceram por muito tempo no descaso do governo federal sobrevivendo na Casa do Índio em Gurupi.
A assinatura do decreto presidencial que s aiu no Diário Oficial da União no dia 08 de dezembro de 2006 reconhece os imóveis rurais destinados a assentar o povo indígena Krahô-Canela, no município de Lagoa da Confusão (TO). As reivindicações da nação krahô-canela pela demarcação de seu território duraram aproximadamente 30 anos.
De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), na área reivindicada, a Mata Alagada, será criada uma reserva indígena, uma vez que não pôde ser provada a tradicional ocupação da área. As fazendas obtidas (Retiro do Cocal e Lago do Jacaré) fazem parte da área demandada pelos indígenas.
FONTE : PROFESSOR JÚNIOR GEO.
Karajá/Javaé
Foto: Funai - Divulgação
TERRITÓRIO KARAJÁ / JAVAÉ
ALDEIAS KARAJÁ/ JAVAÉ
ALDEIAS KARAJÁ
Os povos Karajá vivem em seu território na Ilha do Bananal é um Povo Iny formado unto com os Javaé e Xambioá : JK – Watau – Werebia - Santa Izabel do Morro – Fontoura - Kre Hawã - Itxala – Hãwalorá – Macauba - São João – Wataria – Majantiri – Mirindiba.
ALDEIAS JAVAÉ
O território dos povos Javaé fica também na Ilha do Bananal nos municípios de Formoso do Araguaia , Sandolândia e Lagoa da Confusão: Barreira Branca ( Sandolândia) - Teymã – ( Sandolândia) Waritaxi( Sandolândia) - Barra do Rio Verde( Sandolândia) - Wahuri - São João – Canoanã – Txuiri – Imotxi - Boa Esperança - Wari Wari – Txuodè - Boto Velho( Lagoa da Confusão) - Watxinã( Lagoa da Confusão)
KARAJÁ/JAVAÉ - QUANTIDADE DE FAMÍLIAS POR ALDEIA - 2015
KARAJÁ/JAVAÉ - QUANTIDADE DE POPULAÇÃO POR ALDEIA-2015
|
ALDEIAS |
MUNICÍPIO |
POP. |
PÓLO BASE |
DIS.
PBI/
ALDEIA
|
DIST.
ALDEIA/
DSEI-
PALMAS
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Aldeia
Takaiura
|
Lagoa da
Confusão/TO
|
30 |
Formoso do
Araguaia/TO
|
|
|
|
Barra do
Rio Verde
|
Sandolândia |
25 |
Formoso do
Araguaia/TO
|
150 Km |
450 Km |
|
Barreira
Branca
|
Sandolândia |
168 |
Formoso do
Araguaia/TO
|
190 Km |
513 Km |
|
Boa
Esperança
|
Lagoa da
Confusão/TO
|
62 |
Formoso do
Araguaia/TO
|
108 Km |
415 Km |
|
Boto velho |
Lagoa da
Confusão/TO
|
157 |
Formoso do
Araguaia/TO
|
340 Km |
663 Km |
|
Canuanã |
Formoso do
Araguaia/TO
|
417 |
Formoso do
Araguaia/TO
|
60 Km |
383 Km |
|
Imotxi |
Formoso do
Araguaia/TO
|
27 |
Formoso do
Araguaia/TO
|
106 Km |
429 Km |
|
Lankraré |
Lagoa da
Confusão/TO
|
77 |
Formoso do
Araguaia/TO
|
159 Km |
470 Km |
|
São João |
Formoso do
Araguaia/TO
|
272 |
Formoso do
Araguaia/TO
|
100 Km |
400 Km |
|
Txuiri |
Formoso do
Araguaia/TO
|
102 |
Formoso do
Araguaia/TO
|
76 Km |
399 Km |
|
Txuode |
Lagoa da
Confusão/TO
|
26 |
Formoso do
Araguaia/TO
|
|
|
|
Wahuri |
Formoso do
Araguaia/TO
|
31 |
Formoso do
Araguaia/TO
|
110 Km |
410 Km |
|
Waotyna |
Lagoa da
Confusão/TO
|
25 |
Formoso do
Araguaia/TO
|
50 Km |
455 Km |
|
Waritaxi |
Sandolândia |
24 |
Formoso do
Araguaia/TO
|
150 Km |
450 Km |
|
Wari-Wari |
Lagoa da
Confusão/TO
|
149 |
Formoso do
Araguaia/TO
|
112 Km |
435 Km |
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POPULAÇÃO |
1592 |
PESSOAS |
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Os Karajás e Javaés vivem vivem distante de seu Polo Base que é Formodo so Araguaia entre 27 km a 149 km , já de Palmas entre 383 km e 455 km.
Fontes- FUNAI - SIASI / DSEI/TO - 2015 , professor JÚNIOR GEO e Governo do Tocantins - pesquisas www.diariodotocantins.com.br , Jornalistas Luiz Barbosa Aguiar e Alex Costa. JORNAL FOLHA DA CIDADE - 31 ANOS DE JORNALISMO
Karajá – residem na Ilha do Bananal, município de Lagoa da Confusão, com uma população de 3.245 (três mil duzentos e quarenta e cinco) índios, distribuídos em 14 aldeias. A Ilha do Bananal abriga o Parque Nacional do Araguaia que ocupa uma área equivalente a cerca de 562 hectares e as Terras Indígena Inãwébohana (nordeste da ilha) e Utaria Wyhyna – Iródu Irana (norte da ilha), administradas pela FUNAI.
Os Karajá conseguiram manter ao longo dos anos seus costumes tradicionais como, a língua, as bonecas de cerâmica, os rituais, festas tradicionais como as de Aruanã, Hetohoky, os enfeites plumárias, cestaria, artesanato em madeira, pintura corporal, a Ilha do Bananal é a maior Ilha fluvial do planeta, com cerca de vinte mil quilômetros de extensão (1.916.225 hectares).
A Ilha do Bananal fica localizada no estado do Tocantins, estando subdividida entre os municípios de Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão e Pium, fazendo parte da divisa do Tocantins com o estado de Mato Grosso, no Rio Araguaia.
Tronco lingüístico Macro-Jê
Após longos períodos de migração, o povo Iny (Karajá, Karajá/Xambioá e Javaé) se firmou na Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, considerada um santuário ecológico. A característica desse povo é pertencer ao tronco lingüístico Macro-Jê, família e língua Karajá, e por ter a coleta e a pesca como atividades.
O povo Karajá destaca-se pela confecção de objetos de cerâmica e plumas, por sua pintura corporal e pelas tradicionais bonecas ritxokò (feitas também em cerâmica), assim como por suas festas e rituais.
Na preparação das festas tradicionais, os homens saem para a caça e pesca e as mulheres preparam a alimentação e os enfeites: colares, braçadeiras e tornozeleiras. A pintura corporal é a representação de figuras simbólicas de animais como pássaros, peixes e répteis.
Karajá /Javaé /Xambioá- Povo Iny
Antes de 1500, os Karajás ( Povo Iny) subiram o rio Araguaia. Eles migraram, entre outros motivos, devido às invasões de seu território e confrontos com outras etnias. A migração sazonal levou os Karajás para várias regiões até conquistarem o território onde vivem, nas aldeias da Ilha do Bananal, de Xambioá, Mato Grosso e Pará, às margens do rio Araguaia.
No Tocantins, existem três grupos: os Karajás/Xambioás (com população aproximada de 500 pessoas), assim chamados por morarem perto da cidade do mesmo nome. São conhecidos pela comunidade Karajá de iraru mahãdu (turma de baixo). Na Ilha do Bananal, vivem os grupos Karajá (população de 1.700) e Javaé (população de 1.100) em aldeias separadas. São chamados de ibòò marãdu (turma de cima).
Na Ilha do Bananal, concentra-se o m aior númerode aldeias. As que ficam próximas ao rio Javaé levam esse nome. Os Karajás/Xambioás, do município de Santa Fé, possuem duas aldeias e uma pequena população que forma o Povo Iny. Os Karajás, Javaés e Xambioás falam a mesma língua, possuem os mesmos costumes e se identificam uns com os outros como parentes. Embora geograficamente separados, pertencem aos mesmos antepassados .
201 bonecas Ritxoko, dos índios Karajá,entram para acervo cultural
A Boneca Ritxoko, patrimônio imaterial do Brasil, passa a fazer parte do acervo cultural do Toc antins As aldeias Karajá da Ilha do Bananal produziram 201 bonecas Ritxoko, consideradas patrimônio imaterial do Brasil, e repassaram para o acervo do Estado do Tocantins, através da Secretaria de Cultura.
Bonecas Karajá Ritxoko
A boneca Ritxoko retrata duas fases, a antiga e a moderna. Na primeira fase, sem os membros, ela representa os seres míticos espirituais e são lúdicas e pedagógicas. Na segunda fase, a moderna, ela vem com todos os membros e retrata o cotidiano familiar. As duas fases se complementam, transmitindo toda a complexidade da identidade da tribo Karajá, caracterizada por uma sociedade matriarcal, onde a mulher sempre detém muito poder.
Foto: Luiz Barbosa Aguiar

Povo Iny - Karajá, Xambioá e Javaé
Após longos períodos de migração devido as invasões de seu território e aos confrontos com outras etnias, o povo Iny (Karajá, Karajá/Xambioá e Javaé) se firmou na Ilha do Bananal (os Karajá e Javaé, em aldeias distintas) e no município de Xambioá (os Karajá/Xambioá).
Os indígenas que formam o Povo Iny falam a mesma língua, possuem os mesmos costumes e se identificam uns com os outros como parentes. Embora geograficamente separados, pertencem aos mesmos antepassados.
A característica desse povo é pertencer ao tronco lingüístico Macro-Jê, família e língua Karajá, e por ter a coleta, a pesca e a agricultura como atividades.
O povo Iny organiza-se em famílias extensas que incluem, além da família nuclear, genros e netos. São essencialmente pescadores e sempre viveram do que o rio lhes oferece. Embora hoje tenham suas casas permanentes em cima das barrancas do rio, durante o período da estiagem, passam a maior parte do tempo nas praias, pescando e coletando. Quando chegam as chuvas, dedicam-se às atividades agrícolas. Cada família tem o seu roçado e cultiva mandioca, banana, cana-de-açúcar, milho, batata-doce, cará e arroz.
O iny é excelente artesão da arte plumária (confecção de haretôs, colares, brincos, braçadeiras e tornozeleiras), cerâmica (potes, pratos, tigelas e bonecas ornamentais - ritxokò ) e de cestaria, que serve para transporte e armazanamento de mantimentos.
Javaé – Residem na Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, na parte sul do Tocantins, abrangendo os municípios de Sandolândia, Formoso do Araguaia e Lagoa da Confusão, com uma população de 1.800 índios, distribuídos em 13 aldeias, todas localizadas na Ilha do Bananal.
Os Karajá, Javaé e Xambioá são o mesmo povo e se autodenominam Iny. Pertencem ao tronco linguístico Macro-Jê, família Karajá e língua Karajá. Os tres grupos falam a mesma língua e vieram migrando do Norte, baixo Araguaia antes de 1500. Mantiveram suas aldeias separadas em virtude da luta com o nao-índio. Os Karajá sao, sobretudo, pescadores e coletores, embora hoje també faςam roças.
Segundo Darcy Ribeiro, es tes índios migraram sempre, até chegar a Ilha do Bananal. Lá vivem hoje 1.600 habitantes Karajá em oito aldeias, e 849 Javaé a margem do rio Javaé em nove aldeias. Os Xambioá conhecidos pelo seu povo como Hirarumarandu, ou "Karajáde baixo", vivem hoje em duas aldeias, com uma populaςao de 182 pessoas, próximos as cidades de Santa Fé e Xambioá.
A festa do Hetoroky, ou iniciaςão do menino para a fase adulta, reúne famílias Karajá de aldeias distantes e é comemorada com danςas, lutas e comida farta, mantendo uma forte ligaςao com suas origens.Os Karajá tem tradiςão na arte de fazer cerâmica. As mulheres oleiras fazem figuras de animais, figuras míticas, representaςoes do cotidiano e, principalmente, as bonecas ritxokô, vendidas como artesanato.
Aldeias Kara¡á: Santa Isabel do Morro, Fontoura, Tutemã;
Aldeias Javaé: Txuiri, Gantanã, Boto Velho, Wari Wari, São João, Cachoeirinha, Manalué , Barreira Branca, Imonti;
Aldeias Xambioá: Xambioá e Kurerê.
Textos extraídos de "Os Povos Indígenas do Tocantins", Professora Lídia Soraya Liberato Barroso.
Javaé
Os primeiros registros escritos sobre a presença dos povos falantes da língua Karajá no rio Araguaia datam do século 17. No entanto, em razão da presença histórica dos Karajá junto às margens do médio Araguaia, importante canal de navegação no centro do Brasil desde os primórdios da colonização, há um número muito maior de estudos e registros sobre as relações de contato com os Karajá do que sobre os Javaé, os quais permaneceram mais isolados no interior da Ilha do Bananal e na bacia do rio Javaés até o início do século 20. Até o fim do século 19, o contato dos Javaé com os não-índios era feito primariamente por intermédio dos Karajá, de modo que o histórico do contato de ambos era até então indissociável.
Expedições de bandeirantes paulistas, vindos do sul, e de missionários jesuítas, vindos do norte, mapearam o território goiano no século 17. Após um maior conhecimento do território, os bandeirantes já sabiam, no começo desse século, que a imensa Lagoa de Paraupava nada mais era que uma imensa ilha fluvial do rio Paraupava (que viria a se chamar rio Araguaia). A lagoa era a atual Ilha do Bananal.
Outra frente de expansão importante foi a dos missionários jesuítas que partiam de Belém do Pará e subiam os rios Tocantins e Araguaia. Com a descoberta definitiva do ouro goiano em 1722, fundou-se o arraial de Sant’Ana em 1727, nas cabeceiras do Rio Vermelho, afluente do Araguaia. Após a instalação da Capitania de Goiás em 1749, em pleno ciclo do ouro (1722-1822), teve início a política de aldeamentos, caracterizada pelo alojamento e catequização dos índios da região em aldeamentos auxiliados por prisões.
Nos anos que se seguiram, novos aldeamentos foram fundados: Nova Beira, na Ilha do Bananal, D. Maria I, Pedro III ou Carretão e Salinas.
Em 1775, o governo local enviou outra bandeira com vários objetivos, entre eles, contatar os nativos da Ilha do Bananal. Na véspera do dia de Santa Ana, o alferes José Pinto da Fonseca foi levado a uma aldeia karajá, batizando a grande ilha como Ilha de Sant’Ana. O alferes foi a primeira pessoa a produzir um relato escrito sobre os Karajá e Javaé depois de visitar suas aldeias. Seu relato oficial (Fonseca, 1867) contém a primeira referência escrita à palavraJavaé e conclui que na ilha existiam seis aldeias karajá e três javaé, somando um total de 9.000 pessoas. O relato informa também que os índios estavam traumatizados e assustados em razão das experiências com a bandeira de Antônio Pires de Campos há mais de 20 anos antes. Os Javaé ainda lembram com precisão dos ataques dos bandeirantes contra as aldeias Marani Hãwa, Wariwari, Imotxi e Manatèrè, quando muitas pessoas foram mortas e aprisionadas.
Em 1776, o governador de Goiás fundou o presídio de São Pedro do Sul e o aldeamento Nova Beira na Ilha do Bananal, os quais eram visitados pelos Javaé, Karajá e Xambioá para realizar trocas. O aldeamento e o presídio militar foram extintos em 1780, quando os 800 Javaé e Karajá que ali habitavam foram transferidos para o aldeamento São José de Mossâmedes, o maior e mais importante da capitania. Os Javaé lembram ainda hoje que os moradores da aldeia Manatèrè, entre outras, foram aprisionados e levados em carros de boi e em batelões para um lugar próximo a Goiás Velho, onde chegaram a realizar o ritual Iweruhuky1, foram escravizados e tiveram suas mulheres violentadas até o local extinguir-se.
Os motivos que levaram ao fracasso dos aldeamentos goianos no fim do século 18 foram vários, como a má administração, os maus tratos infligidos aos índios, o que resultou em fugas e rebeliões, e a atuação deficiente do clérigo secular nas atividades de catequese e direção dos aldeamentos.
Século XIX
Com o término do ciclo do ouro no início do século 19, a antiga Capitania de Goiás iniciou um longo período de acentuada decadência econômica e populacional, caracterizado pela extinção de vários núcleos urbanos, dispersão da população pelos campos e quase abandono da navegação incipiente no Araguaia.
No início do século 19, a política indigenista em Goiás passou a ser marcada por uma atuação abertamente ofensiva aos índios por parte dos governantes e colonos goianos. Estimulou-se a criação de novos aldeamentos e presídios no interior de Goiás, percebidos como núcleos de povoamento “civilizadores”, e às margens do Tocantins e Araguaia, com vistas à navegação, mas agora em um contexto de guerra aberta, expedições punitivas e escravização. Era comum instalar os presídios, ao lado dos aldeamentos ou missões a fim de combater os índios resistentes e transformar os aldeados em reserva de mão-de-obra. Em 1812 foi fundado o presídio de Santa Maria no Araguaia, o qual foi destruído no ano seguinte por um ataque comandado pelos Karajá, Xavante e Xerente. O presídio só seria restaurado definitivamente em 1861, depois de novos ataques dos Karajá, Kayapó e Xambioá.
A política indigenista oficial da época oscilava, entretanto. Decretos de 1843, 1845 e 1857 incentivaram a fundação de novos aldeamentos ou missões para a catequese e assimilação pacífica dos índios, embora na prática a violência contra eles não cessasse. Nas décadas que se seguiram, foram construídos vários presídios e missões às margens do Araguaia, os quais auxiliavam a navegação e tiveram importante impacto sobre os Karajá, Javaé e Xambioá.
Os Javaé são mencionados nos relatórios dos presidentes da Província de Goiás de 1855, 1861, 1862, 1879 e 1880. No fim do século 19, constata-se a decadência de quase todos os aldeamentos e presídios.
Em 1888, o etnólogo Ehrenreich – integrante da famosa expedição de Karl Von den Steinen ao Xingu – obteve dos Karajá a informação de que existiriam "três aldeias dos Javahé" na porção setentrional da ilha do Bananal. Estimou em 4.000 indivíduos o total de "Javahé, Karajahi e Xambioá".
De acordo com a memória oral dos Javaé e registros históricos, na virada para o século 20, isso que se chama de o “povo Javaé” era o produto de um longo processo histórico composto de casamentos entre povos diferentes, fusões linguísticas e culturais, trocas variadas e pacíficas, por um lado, além de guerras interétnicas, ataques mortais e apresamento de escravos feitos pelos primeiros colonizadores, por outro, os quais reduziram drasticamente a população. Nas aldeias de então viviam os remanescentes desse passado denso, que há vários séculos haviam se transformado no povo Iny, ocupando lugares outrora habitados pelos seus ancestrais ou pelos povos diversos que coabitaram a região antigamente.
Século XX
Somente a partir do século 20 os Javaé passam a ter uma experiência de contato direto e permanente com os não-índios, cuja história é caracterizada por circunstâncias relativamente diferentes das enfrentadas pelos vizinhos Karajá.
Segundo a memória oral nativa, os Javaé habitaram em mais de 50 aldeias até o início do século 20, de duração e tamanhos diferenciados, mas a grande maioria foi extinta por causa de epidemias diversas.
Nas primeiras décadas do século 20, teve início um contato cada vez mais intenso com a população regional. Criadores de gado – originários predominantemente do Maranhão, Piauí e Goiás – começaram a penetrar a Ilha do Bananal nos anos 30, enquanto as primeiras fazendas de pecuária chegaram à margem direita do rio Javaés nos anos 40. Na mesma época, comerciantes do Pará estimularam a pesca comercial do pirarucu e a extração de couro animal pelos Javaé, ao mesmo tempo em que pescadores e caçadores de pele começaram a freqüentar o médio Araguaia. A partir dos anos 30, mineradores de cristal de rocha fundaram pequenos vilarejos nas terras mais altas e secas da margem direita do rio Javaés, como Cristalândia, Pium e Dueré, cuja população, com o fim da mineração, passou a viver majoritariamente da agropecuária.
Em 1908, o etnólogo Fritz Krause viajou pelo Araguaia e visitou uma aldeia javaé no norte da Ilha do Bananal, onde foi recebido, segundo o seu relato, como o primeiro branco visto pelos moradores. Recém-criado, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI) manteve seu primeiro contato com os Javaé em 1911, quando visitou seis aldeias no interior da ilha, estimando a população em um total de 600 pessoas.
Uma maior aproximação dos não-índios e suas doenças desconhecidas foi seguida de muitas mortes nas aldeias, interpretadas pelos Javaé até os anos 90, pelo menos, como produtos de rubunahaky, “grandes feitiços” mortais coletivos causados por comportamentos imorais dos próprios Javaé ou violações aos segredos rituais. Os relatos dos sobreviventes são raros e comedidos, pois ainda é traumática a memória da experiência vivida pelos mais velhos e pelas gerações anteriores. As lembranças remetem a uma verdadeira catástrofe vivida pelo povo Javaé, que foi praticamente dizimado em um período curto, marcado por ondas sucessivas de epidemias e mortes.
Documentos históricos e os relatos mais recentes dos Javaé indicam que as epidemias começaram provavelmente no início dos anos 30, por meio do contato com uma das equipes de funcionários do SPI e das visitas dos Javaé ao posto do SPI, fundado na aldeia Santa Isabel, dos Karajá, em 1927. Mas é possível que outras fontes também tenham contribuído para a disseminação das doenças em todas as aldeias, nessa mesma época, pois os Javaé realizaram visitas aos missionários dominicanos em Conceição do Araguaia, os quais visitaram suas aldeias, e receberam visitas de jornalistas, missionários protestantes e pesquisadores nos anos 30.
No fim dos anos 70, os Javaé estavam reduzidos à metade do número estimado pelo antropólogo norte-americano William Lipkind em 1939, o que evidencia uma drástica redução da população total.
Na década de 50, aumentou a penetração das frentes pastoris e agrícolas no médio Araguaia, em ambas as margens, tanto em função da “pacificação” dos Xavante como dos efeitos da Marcha para o Oeste. As construções de Goiânia, nos anos 30, e de Brasília, no fim da década de 50, inauguraram um novo fluxo migratório no Brasil Central.
Os anos que se seguiram foram marcados pela perda de controle sobre grande parte do território antigo e por vários e sérios conflitos dos Javaé com os fazendeiros e posseiros que se instalavam fora e dentro da Ilha do Bananal, notadamente o que resultou na transferência da aldeia Canoanã, no fim dos anos 50, para o seu lugar atual. Canoanã tornou-se a maior aldeia javaé na fase pós-contato e passaria a contar com a relativa proteção do Estado em 1964, quando o SPI fundou o Posto Indígena Canoanã, com vistas à criação de gado. Nos anos 60, incentivadas pelos financiamentos oficiais da Sudam, grandes proprietários de terra do sul do país começaram a ocupar as margens do médio Araguaia, a leste e a oeste da Ilha do Bananal, parte do antigo território dos Karajá e Javaé.
Depois da instalação do Posto Indígena Canoanã, aos poucos o SPI incentivou os moradores de outras aldeias a se transferirem para o local, o que se deu paralelamente à intensificação da ocupação da Ilha do Bananal por criadores de gado. Os sobreviventes javaé reuniram-se na aldeia Canoanã entre o início dos anos 60 e o início dos anos 70. No fim dos anos 70, a grande maioria da população estava concentrada em duas aldeias apenas, Canoanã e Boto Velho, às margens do rio Javaés, e totalizava cerca de 300 pessoas apenas (Cruvinel, 1976; Toral, 1992).
A partir dos anos 80, depois de décadas de perdas, teve início a recuperação populacional do grupo, que alcançou o número de 1.456 pessoas em 2009 (Funasa), distribuídas em 13 aldeias. A atuação do Estado, por meio da vacinação dos remanescentes das epidemias, ainda que de forma precária e tardia, e do reconhecimento oficial da Ilha do Bananal como terra da União em 1959, ainda que sem a devida fiscalização, foi fundamental para garantir a reprodução física e cultural do povo Javaé.
Na mesma época, teve início também a retomada de antigos locais de moradia dentro da ilha, seja em razão do crescimento populacional, de conflitos internos, do esgotamento de recursos naturais (ao redor de Canoanã) ou em função do projeto político javaé de reocupação de seu território tradicional.
As principais mudanças vividas pelos Javaé nas últimas décadas do século 20 foram a recuperação populacional e a ocupação de antigos sítios abandonados às margens do rio Javaés, apesar da invasão crescente de criadores de gado na Ilha do Bananal. Tal expansão se deu paralelamente à perda de controle sobre as terras situadas fora da ilha, atualmente ocupadas por grandes fazendas de vocação agropecuária, assentamentos de clientes da reforma agrária e pequenas cidades. A partir dos anos 80, os Javaé iniciaram uma mobilização política junto ao órgão indigenista pelo reconhecimento oficial de parte do território tradicional, o que teve resultados expressivos
.Fonte: Patrícia de Mendonça Rodrigues Doutora em Antropologia pela Universidade de Chicago (EUA) -Povos Indígenas no Brasil
Pankararu

Pankararu
Localizados no município de Gurupi, terceira maior cidade do Tocantins, os Pankararu são originários do sertão de Pernambuco, aldeia Brejo dos Padres. Ha mais de 30 anos migraram para o antigo norte goiano, expulsos pela ação dos posseiros.
Reconhecidos recentemente pela Funai, os Pankararu estão vivendo o processo de criação da sua reserva indígena e o resgate do ritual ?o encantado?
FONTE : PROFESSOR JÚNIOR GEO.
Índios Pankararu
Cerca de 3.670 índios Pankararu ou Pankaru, vivem numa área de 8.100 hectares no município de Tacaratu, numa reserva indígena localizada entre a sede do município e a cidade de Petrolândia, nas margens do rio São Francisco, em Pernambuco.
O centro da reserva, cujas terras foram demarcadas em 1942, é a localidade de Brejo dos Padres, um pequeno vale de terras férteis que possui várias fontes de água. Há também diversas outras comunidades como Tapera, Serrinha, Marreca, Caldeirão, Bem-Querer e Cacheado.
A presença de não-índios na reserva vem de muitas gerações. A partir de 1979, no entanto, com o aumento dessa população tem ocasionado grande número de conflitos entre posseiros e indígenas.
A referência histórica mais antiga sobre a tribo é do século XVII, data do surgimento da vila da Tacararu, onde existia uma maloca ou ajuntamento de índios Pankararu, chamado de Cana Brava. Há indícios que a fundação da aldeia tenha sido em 1802.
A base da economia Pankararu é a agricultura. As principais culturas são a do feijão, do milho e da mandioca. Os índios também comercializam a pinha, fruta típica da região e têm no artesanato uma fonte de renda complementar. A fabricação de farinha de mandioca, nas casas de farinha é, ainda, uma atividade comunitária entre os Pankararu.
Devido ao trabalho realizado pelos missionários, os índios cultuam a religião católica, observam o calendário de festas populares religiosas, mas mantêm também rituais, danças e folguedos próprios da sua cultura.
Suas festas típicas mais importantes são a Corrida ou Festa do Umbu e a do Menino do Rancho. Sobre esses rituais eles guardam uma certa reserva.
A Dança dos Bichos é outra manifestação cultural típica dos Pankararu. Nessa dança ganham aqueles que conseguirem representar melhor os movimentos de animais como o porco, o cachorro, a formiga e o sapo.
O toré é dançado ao ar livre por homens, mulheres e crianças, de preferência nos fins de semana. O ritmo é marcado pelo som de maracás feitos de cabaças. Os versos da música são cantados em português, misturados com expressões do antigo dialeto da tribo.
É nas danças e nos rituais que a cultura dos índios Pankararu está mais bem representada. Do dialeto da tribo só existem alguns vestígios nos cantos que acompanham as danças. Sua língua nativa não conseguiu sobreviver.
Recife, 19 de agosto de 2003.
(Atualizado em 28 de agosto de 2009).
FONTES CONSULTADAS:
AS COMUNIDADES indígenas de Pernambuco. Recife: Instituto de Desenvolvimento de Pernambuco-Condepe, 1981.
SÁ, Marilena Araújo de. “Yaathe” é a resistência dos Fulni-ô. Revista do Conselho Estadual de Cultura, Recife, Ed. especial, p.48-54, 2002.
COMO CITAR ESTE TEXTO: Fonte: GASPAR, Lúcia. Índios Pankararu. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife.
Avá-Canoeiro
Foto: Luiz Barbosa Aguiar- JORNAL FOLHA DA CIDADE 31 ANOS DE JORNALISMO

Avá-Canoeiro
SEM TERRITÓRIO
Na aldeia de Canoanâ dos índios Javaé em Formoso do Araguaia vive um grupo dessa etnia.
Funai autoriza estudo para identificar terras indígenas .São mais de 29 mil hectares nas proximidades da Ilha do Bananal, que hoje são ocupadas por fazendeiros-Wallissia Albuquerqu–e reportagem de 21/04/2012, Jornal do Tocantins.
O primeiro passo para o reconhecimento da terra do povo indígena Avá-Canoeiro, localizada no município de Formoso do Araguaia, a 327 km de Palmas, foi dado na última quinta-feira. No Dia do Índio foi publicado no Diário Oficial da União, a autorização dos estudos de identificação das terras indígenas Taego Âwaque (mata azul) pelo presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira.
As terras ficam na região Sudoeste do Estado, à margem da Ilha do Bananal, e compreendem 29 mil hectares. A área atualmente é ocupada por fazendeiros. Atualmente, o povo Avá-Canoeiro se resume a 16 pessoas que estão espalhadas em três aldeias Coaoanã e Boto Velho, do povo Javaé, e Santa Isabel, do povo Karajá. A Funai também autorizou estudos de identificação nas terras indígenas Tenondé Porã(SP) e Menku(MT). Os fazendeiros que queiram contestar a demarcação poderão encaminhar a documentação para a Funai. Passado esse processo, será publicada a portaria declaratória, dando o direito de posse definitiva aos índios.
A coordenadora do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) no Tocantins Eliane Franco acredita que o reconhecimento é o passo importante do processo que tem uma longa caminhada. Laudovina Pereira, ta mbém coordenadora do conselho, observou que a publicação é de extrema importância, além de ser uma vitória do povo canoeiro. O coordenador do Serviço de Gestão Ambiental e Territorial da Funai no Tocantins, João Mitia, destacou que a autorização dos estudos está sendo aguardada há muito tempo.
De acordo com Mitia, a decisão gera o reconhecimento do povo Avá-Canoeiro, que foi expulso da terra de forma violenta. Uma das fazendas pertence à Fundação Bradesco. Sobre a decisão da Funai, o diretor de ensino da Fundação Bradesco na região, Ricardo Redeher, disse que não iria se manifestar sobre o caso antes de se reunir com osgestores da fundação.
FONTE : PROFESSOR JÚNIOR GEO.
Avá-canoeiro
Avá-Canoeiro (também conhecido como Canoeiro, Carijó, Índios Negros ou Cara-Preta) é um povo indígena brasileiro. Falam uma língua da família Tupi-Guarani.
Estão localizados nos estados de Tocantins e Goiás, sendo que, no ano de 1988, sua população estimada era de 14 pessoas. Em 1998, havia 15 indivíduos contatados (17, em 2012) e 25 ainda sem contato permanente com não índios.
No estado de Tocantins, todos os indivíduos já contactados estão localizados na Posto Indígena Canoanã, no interior da Terra Indígena Parque do Araguaia, às margens do rio Javaés, na Ilha do Bananal, no sudeste do estado. O Parque é vinculado ao Ibama e preenche, aproximadamente, o terço norte da Ilha.
Os Avá-Canoeiro ainda sem contato permanente encontram-se vivendo no norte da Ilha do Bananal, nas áreas do Parque Indígena e do Parque Nacional do Araguaia. Em 1991, a Funai iniciou o processo de desintrusão do Parque Indígena do Araguaia, totalmente ocupado por pequenos criadores. Dos cerca de 900 ocupantes e invasores, restam aproximadamente 208, na maioria reunidos na parte sul da Ilha do Bananal.
Os que ainda não foram contactados, suspeita-se que estejam perambulando pela região da Mata do Mamão (na parte sul da Terra Indígena Inãwébohona) que é a maior área de mata nativa da Ilha do Bananal. Lá foram encontrados diversos vestígios, tais como alguns potes de cerâmica. A partir dos anos 1990, os Avá-Canoeiro do Tocantins sofreram o duro impacto da formação do reservatório de Serra da Mesa, concluída em 24 de maio de 2002.
À época, foi considerado como o segundo maior lago artificial do mundo e destinava-se a alimentar a usina hidrelétrica homônima, operada por Furnas Centrais Elétricas S.A., uma subsidiária da Eletrobrás. A hidrelétrica é vizinha e contígua à Terra Indígena Avá-Canoeiro. Além da inundação de parte da sua área, a Terra Indígena ainda é cortada por estradas, linhas de alta tensão e outras obras vinculadas à usina hidrelétrica de Serra da Mesa.Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.